sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Para os pais

Muitos pais me perguntam como e por que contar histórias.
As histórias são maravilhosas fontes de experiência para ampliar o conhecimento da criança em relação ao mundo em que ela  vive.
Contando histórias, percebemos claramente o amadurecimento emocional da criança, levando-as a compreensão de valores, conduta e convívio social.
Existem muitos motivos para que contemos histórias para as nossas crianças, destaco:
O GOSTO - A leitura diária é uma ferramenta potente para despertar o futuro leitor, pois estimula e amplia horizontes de conhecimentos.
O ESTÍMULO - A história tem o poder de instruir, enriquecer o vocabulário, ampliar idéias e conhecimentos, bem como ajudar no desenvolvimento da linguagem.
VALORES - As histórias facilitam a criança a se adaptar ao meio ambiente, incorporando valores sociais e morais.
RELAXAMENTO - As deliciosas e envolventes histórias distraem, acalmam, descarregam tensões, aliviam sobrecarga e auxiliam, muitas vezes, a resolver conflitos emocionais internos.
Agora ... Quem pode contar histórias?
                  V O C  Ê ! 
- Selecione histórias que conheça bem e que lhe dará prazer em contar;
- Leia-a previamente para gravá-la e esteja seguro (a)  que poderá realizar esta tarefa;
- Conte a história na sequência;
- Observe a reação da(s) criança(s)  enquanto conta, para fazer os ajustes necessários;
- Se possível, envolva a criança na história;
- Leia também histórias com livros nas mãos para que a criança se familiarize e entre em contato com este fabuloso material.
E se a (s) criança (s) pedir (em) para você contar ou ler de novo, PARABÉNS! Você é um excelente Contador (a) de Histórias!
Mil e um beijos.
Márcia Muñoz

O Sapo e o Coelho

      O Coelho vivia zombando do Sapo. Achava-o preguiçoso e lerdo, incapaz de qualquer agilidade. O sapo ficou zangado:
      - Quer apostar carreira comigo?
      - Com você? - assombrou-se o coelho.
      - Justamente! Vamos correr amanhã, você na estrada e eu pelo mato, até a beira do rio...
      O coelho riu muito e aceitou o desafio. O sapo reuniu todos os seus parentes e distribuiu-os na margem do caminho, com ordem de responder aos gritos do coelho.
      Na manhã seguinte os dois enfileiraram-se e o coelho disparou como um raio, perdendo de vista o sapo que saíra aos pulos. Correu, correu, correu, parou e perguntou:
      - Camarada Sapo?
      Outro sapo respondia dentro do mato:
      - Oi?
      O coelho recomeçou a correr. Quando julgou que seu adversário estivesse bem longe, gritou:
      - Camarada Sapo?
      Outro sapo respondia dentro do mato:
      - Oi? - coaxava um outro sapo.
      Debalde o coelho corria e perguntava, sempre ouvindo o sinal dos sapos escondidos. Chegou à margem do rio exausto mas já encontrou o sapo, sossegado e sereno, esperando-o.
      - Já chegou? - perguntou o coelho admirado.
      - Há muito tempo, meu amigo! - exclamou o sapo.
      - Como pode se sou mais rápido que você?
      - Caro Coelho, você pode ser mais rápido do que eu, porém não mais inteligente!

        História adaptada de Henrique T. de A. Souza